Com remota música (bonita) no ouvido: há dias assim


(Mensagem recebida)
Sabe que, meu admirador de mim perfeita e única e inteligente e saudável, sabe que tenho um certa predilecção pelas pinturas da Carolina Landea e pelas pinturas do Michael e da Inessa Garmash, sabe, pois não sabe, claro que sabe. Dei comigo a passear pelas suas (deles) pinturas; e, vida minha, olhe só a pintura que eu escolhi (do Michael) e lhe envio (até estremeci quando a vi - rimou, ups), quanto tanto e tanto tem de mim: ele é o toque, o perfil, o meu jeito-maneira de ser natural e confiante, que estilo, que harmonia! E, não é para me gabar (xô, vírgulas), sem falsa modéstia: mas tão fidalga, tão altiva, tão garrida e tão fresca, tão preciosa a transmitir magia, tão grácil nos gestos, tão eu e mim, divina, impecável no bom gosto, ui o meu chapéu de abas e fita, uno cimos e abismos, sou sábia de saber que nada sei, a arte com a ciência em mim se alinha, sou eco de mistérios, sou de corpo inteiro e alma acompanhante a morada da beleza. Adiante. Vou agora aventurar-me por aqui dentro e durante o tempo que me der na real gana (gana, ups), há dias assim, há dias assim com remota música no ouvido, há, pois há (raio de vírgulas!), que quer, a minha ânsia mede-se em música, sou assim (outro assim, sina de cigana, ups, só pode ser!), Deus assim me fez (xô assim, desanda), por vezes até penso: sei eu lá se o mundo me merece!
Adenda
Que bem fica a pintura (que escolhi), digo, que bem fica (nesta página) a imagem da pintura, gosto; céus, olhe de esguelha e confirme pedaços de mim, vida minha, sigo o meu desenho com os dedos, não tenho mão em mim, vida!

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