Seis notas engalfi(ani)nhadas: a sétima só tu conheces

Por do sol na praia
(Texto recebido: "Rabisco do meu em caderno argolado, seis notas engalfi(ani)nhadas: a sétima só tu conheces")
Em frente ao mar
O mesmo mar que te confesso paliativo para todos os aquilos inconfessos e vezes sem conta expressos.
aprecio um céu de ovelhas merinas brancas
Aquelas nuvens altas em que parece que o céu foi invadido por um rebanho de nuvenzinhas de algodão sem pastor por perto.
e um sol divertido.
Um sol, ainda em pasto azul, sobre um espelho de água suavemente ondulado a perder de vista, semeia estrelas em carreirinha, antes de ser estrada de luz a prometer a noite de mais um dia em que a beleza se desvela.
A beleza de um instante
Um momento único, propício aos sentidos, e que me varre o desencanto dos dias por escolher continuar pelo que a beleza de um instante me devolve.
e a transumância da solidão
Quando (como agora) a tua ausência me habita, os sentimentos são metáforas das nossas mentes que confortam: sinto que já não moro apenas dentro de mim.
ensinam-me o que é o livre arbítrio.
Percebo, finalmente percebo, que o livre arbítrio é a teimosia de não sucumbir ao desencanto, deambulando por uma pauta de estrelas que, num fim de tarde já noite, me falam de ti.

Adenda (post-it recebido)
Meu caro, meu caro, só agora me dei conta de que, sem querer (atarefadice minha), este meu texto (rabiscado à pressa) quase se parece com um poema que deu à costa (à costa? Céus, arreda-te política que agora não tenho tempo)... Fui ao meu espantoso baú de memória RAM e, vida (acudam, às armas!), olhe só o que encontrei...

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